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Angola conta atualmente com cerca de 2.250 milionários, de acordo com o mais recente Africa Wealth Report, elaborado pela consultora Henley & Partners em parceria com a New World Wealth. O relatório classifica como milionários os indivíduos com património líquido superior a um milhão de dólares.
Além disso, o país abriga seis centimilionários, pessoas com riqueza superior a 100 milhões de dólares, e nenhum bilionário, segundo confirmou a própria consultora ao Polígrafo África.
De acordo com o mesmo relatório, o número de milionários em Angola diminuiu cerca de 35% na última década, reflexo de fatores como a desvalorização do kwanza, instabilidade económica e redução dos investimentos estrangeiros.
“Angola, Nigéria e Argélia registaram perdas significativas de riqueza individual na última década”, destaca o Africa Wealth Report 2025 da Henley & Partners.
Com cerca de 2.250 milionários, Angola ocupa atualmente o 11.º lugar entre os países africanos com maior número de pessoas de elevado património, segundo o site Afriklens.
O continente africano no seu conjunto abriga cerca de 122.500 milionários, segundo o relatório de 2025 da Henley & Partners. A África do Sul lidera amplamente, concentrando cerca de um terço dos milionários do continente e oito dos 25 bilionários africanos, seguida pelo Egito, Nigéria, Marrocos e Quénia.
Enquanto países como Maurícias, Marrocos e Ruanda têm registado crescimento acelerado na sua população milionária, outros — entre os quais Angola — têm enfrentado estagnação ou retração. O relatório de 2025 da Henley & Partners observa que as variações cambiais e a falta de diversificação económica continuam a limitar o crescimento da riqueza pessoal em várias economias africanas dependentes de commodities.

Apesar da redução do número de milionários, Angola continua a apresentar um grupo de alta renda relevante, que participa ativamente nos sectores de banca, construção, energia e comércio internacional. A expectativa dos analistas é que o país possa recuperar parte dessa riqueza até 2030, caso consiga estabilizar o câmbio, promover reformas económicas e atrair novos investimentos estrangeiros.


