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O número total de reclamações registadas no primeiro trimestre do ano diminuiu 17% face ao período anterior — um resultado que reflete o esforço das instituições financeiras em melhorar a qualidade do atendimento e fortalecer a confiança dos consumidores.O setor bancário angolano iniciou 2025 com progressos visíveis na relação com os clientes. Segundo o relatório do Banco Nacional de Angola (BNA), as reclamações registradas no primeiro trimestre caíram 17 % face ao período precedente, sinalizando que os bancos estão a responder com mais eficácia às exigências do público.
No total, foram contabilizadas 9.218 queixas nesse trimestre, correspondendo a uma média mensal de 3.073 processos.
O Standard Bank Angola (SBA) lidera o ranking de insatisfação, com 3.936 reclamações, o que corresponde a uma média de 844,50 queixas por cada 50 mil clientes.
No topo do pódio também aparecem o BFA, com 1.677 queixas, e o BAI, com 1.196, ambas instituiçōes registrando reclamações concentradas em serviços como contas à ordem, transferências e plataformas digitais.
A maioria das queixas (cerca de 91,98 %) ocorreu em bancos sistêmicos, com instituições com mais de 1 milhão de contas respondendo por um volume significativo de insatisfação.
Embora esses números destaquem deficiências, eles também sinalizam uma transparência maior no reporte e uma incentivação à melhoria institucional, via supervisão regulatória mais ativa.
As queixas concentraram-se em:
Internet banking / mobile banking — falhas de acesso, lentidão, inconsistências — especialmente no caso do Standard Bank.
Contas de depósito à ordem — tarifas, encerramentos, discrepâncias;
Transferências e serviços interbancários — atrasos, rejeições ou falhas na execução.
O SBA, enquanto banco mais reclamado, vem adotando medidas de resposta: reforço da sua infraestrutura digital, melhoria de interface e atendimento ao cliente — indicativos de que as reclamações alimentam ajustes concretos.
A queda percentual nas queixas demonstra que medidas corretivas já estão sendo implementadas.
A divulgação pública do ranking e dos índices de insatisfação por cliente estimula uma concorrência pela reputação entre os bancos — hoje, mais do que tarifas, os consumidores valorizam o atendimento eficaz e confiável.
A atuação do BNA ao tornar esses dados públicos fortalece a governança e a accountability no setor financeiro.
Ainda há muito a evoluir — especialmente na uniformização de padrões de atendimento, estabilidade das plataformas digitais e tempo de resposta —, mas os resultados do primeiro trimestre de 2025 apontam para um setor bancário nacional que entende e responde às expectativas crescentes dos usuários.
Ao reconhecer as reclamações e transformá-las em ações corretivas, os bancos angolanos reforçam não só a legitimidade institucional, mas também a base de confiança essencial para o desenvolvimento sustentável do sistema financeiro.



